quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Angústias e Alegrias

       Tenho angústias de as vezes não viver aquela felicidade que sempre pedi a Deus, mas vejo que faço o possivel pra alcançar a felicidade plena todos os dias da minha vida, pela menos aquela necessária pra poder acordar, e dormir todos os dias. Queria muitas coisas em relaçao ao meu passado, fico pensando em como seriam as coisas, em como seria minha vida de outra forma, isso tudo pra mim é insastifação com minhas escolhas e também pelo posiocinamento de pessoas que influenciaram e ainda hoje influenciam minha vida.
    Eu me angústio quando ouço a voz da minha mãe ao telefone, fico com peso na conciencia por não ser tudo aquilo que meu pai sempre sonhou um dia. Quando eu digo isso, é porque no fundo no fundo eu sei que o sonho do meu pai era que eu tivesse seguido os planos dele, me formado em direito, talvez hoje em dia já começandoa advogar, afinal de contas ja vou fazer 22 anos. Mas eu infelizmente não segui os planos dele, me formei em moda e hoje em dia eu nem trabalho com isso, nem ao menos tenho vontade, até porque aqui em Teresina o mercado de moda é quase inexistente, baleba de quem fala que está crescendo e etc etc, pelo menos eu não tenho essa visão de "crescimento". Enfim, e eu profundamente acho que o maior "desgosto" que posso ter dado ao meu pai foi esse, mas profundamente, bem la no fundo mesmo eu penso que minha felicidae é o que realmente importa a ele.
   Agora com a morte da minha avó senti que meu pai ficou muito fragilidazo, e fiquei mal por não poder dar o sustentaculo necessário pra que ele pudesse passar por essa dor ileso. Eu graças a Deus não sei o que sentir a perda de uma mãe, mas deve ser algo avassalador, eu nunca tinha visto meu pai tão desolado quanto ele está atualmente, parece até que um pouco da alma dele foi sugado, e aquela esperança e pouco de felicidade que eu via no fundo daqueles olhos verdes meio azulados parece que foram embora junto com mina avó. Ultimamente muitas coisas me angustiam, vão fazer 5 anos que eu moro sozinho e morar sozinho pelo menos pra mim exige muita responsabilidade, e as vezes a minha falta de responsabilidade com algumas coisas, a minha insatisfação com escolhas que fiz no pasasdo, insatisfação com algumas amizades, insatisfação com esse calor, ultimamente muitas coisas me fazer ficar angustiado. Mas isso é meio paralelo, porque também existem muitas coisas ultimamente quem contrapõem a minha angustia e me fazem ter um pouco de alegria, por exemplo: um bom jantar, um bom livro, uma boa conversa, um bom filme, uma boa compra, uma boa ligação, enfim coisas que eu gosto me fazem alegres, e a principal delas é me sentir amado e compreendido.
    Uma coisa que as vezes me deixa constrangido é pensar que superei muito rápido a morte da minha avó, pros outros que estão de fora e que não estão dentro da minha cabeça pode parecer falta de amor, ou até mesmo pura displicencia com meus sentimentos, mas eu afirmo aqui que não é isso, minha avó ja estava a 6 anos com Mal de Alzheimer, a morte pra ela era mais certa do que muitos mais cedo ou mais tarde e ela já vinha sofrendo a muito tempo, eu acho que a pior doença que pode existir é essa, porque voce se esquece até de quem é, e isso é duro tanto pra quem sofre pra quanto quem assiste o sofrimento. A perda dela ainda doi muito mas eu não deixo aparentar, ate porque eu acredito no plano espiritual e acredito em reencarnação, então acredito eu que ainda irei encontrar ela algum dia, mais cedo ou mais tarde. O sentimento de angústia veio um pouco mais forte no show do Pato Fu, onde encontrei meu amigo Rui que perder os avós a mais de um ano, quando eu contei pra ele sobre a perda que tive, ele sofreu junto comigo, a minha perda e a perda dele, e isso muito me comoveu, e eu queria sentir tanto assim quanto ele ainda hoje sentia pela perda dos avós, e não sentir isso as vezes me angústia.
      As vezes eu acho que escrevo sobre isso pra tentar não virar uma pessoa amarga. Prometo que meu próximo post vai ser mais alegre e tão menos reflexivo. Não vou negar que estou ansioso pra escrever algo bebedo, quando fico bebado fico MUITO sincero. bjos e até amanhã quem sabe.

4 comentários:

  1. Acho que esse foi o teu post que eu mais gostei.

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  2. em sincero!
    Perder pessoas queridas não é uma experiência que se esqueça facilmente. Mas também penso que após algumas semanas, ou meses, conseguir se recuperar, sair e, na medida do possível, se divertir, talvez sejam atos e tentativas de alguém saudável que só está tentando dar continuidade à vida com o peito cheio de saudades.
    Realmente, algumas pessoas julgam, e acreditam que o amor que sentiam pelo avô ou avó que se foi está na demonstração (pública ou não) da dor, do sofrimento. Mas talvez nem seja. É possível carregar o amor pela sua avó em tons de saudade, seja na purpurina ao redor dos olhos ou em qualquer risco de tristeza em seu rosto.

    Amor não se mede com amarguras. É até contraditório.

    Amor pode ser saudade também.

    Beijo, André!

    Boa sorte com o blog!
    Raimundo Neto!

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